Polícia Militar de Rondônia

Polícia Militar fecha balanço sobre segurança durante provas do Enem

 

Embora as provas fossem realizadas sábado e domingo, o trabalho de segurança da Polícia Militar começou bem antes. De acordo com relatório da PMRO, no dia 22 de outubro às 5 horas da manhã guarnições da PM fizeram a escolta das provas para todo o interior do Estado. O mesmo trabalho se repetiu no sentido inverso ontem (27), com a escolta de retorno nos malotes com as provas trazidas do interior e o trabalho da Polícia Militar se deu por encerrado. O mesmo ocorreu nos dias de prova: Os portões abriram à 10h, mas às 5 horas da manhã, o policiamento já estava no local.

Segundo o coronel Ênedy, Coordenador Regional de Policiamento em Porto Velho (CRP-I), 404 policiais foram destacados para a missão, que além de Porto Velho, abrange Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Candeias e Itapuã. Somente na capital foram empregados mais de 300 policiais para garantir a segurança dos candidatos, sem prejuízo do serviço regular. Nenhuma ocorrência foi registrada na capital, de acordo com relatório da CRP-I.

O sargento PM Marcos, trabalhou em dupla coma a cabo PM Regina na Escola João Bento da Costa, zona sul da Cidade. “Foi tudo calmo. Nenhuma alteração”, disse o sargento.  Em Porto Velho, as provas foram feitas em 50 escolas. Numa delas – a Carmela Dutra – foram três turnos, por questões religiosas, disse o capitão Robson. O terceiro turno necessário desde a primeira edição em 2004, e pensado por oficiais estrategistas de segurança, levando em consideração os adventistas, que no sábado podem fazer as provas depois das 18h. Para facilitar, coordenadoria de segurança reuniu todos os adventistas de Porto Velho em uma só escola para não dificultar a escala dos policiais escalados.

A Importância do Enem para a formação acadêmica

 

Advogado criminalista, Francisco Ferreira (foto) tem 28 anos. Se formou em Direito em 2009 e fez o exame da OAB, cinco anos depois de ter ingressado na faculdade. Mas nada disso seria possível, se não fosse o Exame Nacional de Ensino Médio, quando participou e fez as prova da primeira edição em 2004. “Foi tranquilo com policiais na segurança, nada muito diferente do que se vê hoje”. A diferença, é que o exame era novidade, por se tratar da primeira edição.

Filho de pedreiro (trabalhador da construção civil) e de uma funcionária pública, Francisco conta que não via nenhuma possibilidade de dar sequência nos estudos, não fosse o Enem. “Obviamente que o estudante tem que ser aplicado. Precisa estudar muito”, disse. Apesar de ter estudado numa escola que à época era considerada de classificação baixa, Francisco que conta ter sido sempre um estudante empenhado, conseguiu passar nas provas do Enem. Ele fez os exames na Escola Carmela Dutra, sem nenhum curso preparatório adicional. “Minha ajuda foi da minha mãe, Maria Cristina, e de alguns amigos”.

Advogar de imediato foi um incentivo do coronel PM Eudes Rosa Cabral (ex-comandante da Polícia Militar em 1992). O coronel era e professor na faculdade que Francisco estudou entre 2005 e 2009.  O coronel integrou a banca em que avaliou a monografia de Francisco. Ele conta que terminada a apresentação o coronel disse: “Francisco, com sua apresentação, você já pode sair daqui agora advogando”.

Especializado em Direito Penal e Direito Processual Penal, hoje Francisco leciona gratuitamente para 150 alunos que não podem pagar reforço. Pelo WhatsApp, emite os conteúdos em textos digitados; áudios ou vídeos, para o grupo formado para esse fim. Perguntado pelo PORTAL PMRO, porque as aulas de graça, ele respondeu que gosta de ajudar os outros. “Tenho prazer em ajudar, dentro do meu alcance. Quero que esse grupo tenha mais facilidades do que no passado”.

 

REPORTAGEM: VALDIR ALVES
 FOTOS: SARGENTO PM SÉRGIO
              SOLDADO PM SIMPLÍCIO


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