Uma ação conjunta realizada pelas polícias Militar e Civil prendeu nove pessoas, na terça-feira (08/10). A operação teve início logo nas primeiras horas da manhã, quando foram cumpridos 9 Mandados de Prisão Temporária e 11 Mandados de Busca e Apreensão, nas cidades de Cacoal, São Miguel do Guaporé e Presidente Médici. As ordens judiciais foram expedidas pelo juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de Cacoal.
Participaram das diligências 30 policiais militares e 40 policiais civis, das unidades de Ouro Preto do Oeste, São Miguel do Guaporé, Alvorada do Oeste e Pimenta Bueno, além da DRACO 2 e CORE/PC.
A Operação Cátedra teve por objetivo coletar provas dos crimes de tráfico de drogas, financiamento ao tráfico, lavagem de capitais, usura e extorsão (agiotagem) e organização criminosa. Dentre os investigados que foram presos estão um advogado e um policial civil.
Em entrevista na tarde de terça-feira, em Cacoal, o delegado Roberto Santos revelou que as investigações tiveram início com a apreensão de 33 quilos e 500 gramas de drogas, bem como aproximadamente R$ 400 mil em cheques e dinheiro em espécie, realizada pela Polícia Militar, no dia 7 de setembro, em Cacoal. “Estamos com aproximadamente 10 pessoas presas e em diligências para encontrar mais uma. Apreendemos um montante razoável de cocaína e um grande montante de maconha. A operação defluiu de lavagem de dinheiro em cadeia, onde os traficantes estavam lavando dinheiro com agiotas e praticantes de usuras. Esses praticantes de usuras (extorsão) estavam financiando tráfico e logrando êxito com lucros exorbitantes”, relatou.
As investigações indicam que a quadrilha “lava o dinheiro” obtido com o tráfico e o aplica em ações de agiotagem para potencializar seus lucros, e de forma inversa, utiliza o lucro da agiotagem para refinanciar o tráfico. Os Delegados classificam esse ciclo como “lavagem em cadeia”.
Durante a operação também foram apreendidos, aproximadamente, 40 kg de maconha e 500 g de cocaína, além de 1.910 reais em dinheiro, uma grande quantia em cheques e 1 simulacro.
O NOME DA OPERAÇÃO
Os delegados responsáveis pela condução da operação relatam que o nome fora escolhido em razão da origem da organização criminosa, pois os integrantes de maior responsabilidade no grupo seriam amigos desde a época em que cursavam Direito juntos em uma instituição de ensino da região, daí o nome da ação, que remete à atividade de ensino, ao ambiente e coleguismo universitário no qual os investigados se conheceram e se organizaram com intuito criminoso.
Seção de Comunicação Social do 4º BPM