Ao efetivo de 5.290 foram recentemente incorporados 419 soldados e 52 oficiais concluíram o curso, já trabalhando na Capital e no Interior. As operações se modernizam: cabos de fibra ótica que mantêm a infovia do governo estadual também foram instalados no quartel do Comando Geral. Câmeras de videomonitoramento, que já funcionam em Guajará-Mirim e Vilhena, chegaram a Cacoal.
“O governador Confúcio Moura determinou a participação em cursos de aperfeiçoamento de cabos, soldados e sargentos, e treinamento continuado da tropa como principal requisito para o fluxo de carreira”, disse o comandante.
Paralelamente, o curso de patrulhamento do tático móvel formou a primeira turma em Rondônia, informou o coronel Ênedy. O curso teve palestras e seminários que visaram preparar da melhor forma possível o efetivo. “Buscamos hoje melhor qualidade do policiamento ostensivo e atendimento técnico profissional de alto nível em situações emergenciais”, assinalou.
Segundo o coronel Ênedy, a corporação visa objetivos básicos: fazer o termo circunstanciado de ocorrências; aumentar ações sociais preventivas, a exemplo do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), Programas PM nas Escolas, PM em Ação e Polícia Mirim.
“Tudo isso com sucessivas palestras e entrevistas sobre dicas de proteção, o que fortalece a filosofia de Polícia Comunitária”, observou.
O comandante menciona as principais ações planejadas neste ano: cobertura ao trabalho das eleições, patrulhamento rural, reintegrações de posse, apoio à política ambiental do estado, cobertura na passagem da tocha olímpica na Capital, apoio ao Exame Nacional do Ensino Médio e segurança do carnaval.
PRIMEIRA COMANDANTE SUL-AMERICANA
As unidades interioranas surgiram de pequenas frações de destacamentos em vilas, cidades e povoados do ex-Território Federal. Era tempo de instalação de projetos de colonização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A 1ª Companhia Independente de Policiamento Ostensivo (Cipo) abrange Vale do Anari, Theobroma, Machadinho do Oeste, Jaru e Governador Jorge Teixeira.
Mulheres começaram a ingressar na PM há 33 anos. Entre 2003 e 2010, a ex-comandante, coronel Angelina dos Santos Ramires foi a primeira mulher a assumir esse cargo em toda a América Latina, e a que mais tempo permaneceu nele.
Antes de ser efetivado, o primeiro grupo feminino na corporação treinou na selva da região do rio Candeias, em 1983.
ANTES, A GUARDA TERRITORIAL
De 11 de fevereiro de 1944 a 13 de agosto de 1977, a segurança da população foi feita pela Guarda Territorial (GT), corporação de caráter civil que logo se identificou com o militar pelo rito administrativo, boletim interno, regulamento, uniformes, disciplina, modo de atuar, etc.
Assistentes usavam macacão de mescla azul, borzeguim preto e chapéu colonial como cobertura guardas, bibicos. No comando do capitão Milton Queiroz, começaram a usar uniforme de cor caqui com bibico da mesma cor.
Guarda Territorial em 1955
No entanto, conforme lembra o major PM André Luiz Glanert, ex-chefe da comunicação social da corporação, embora fosse responsável pela manutenção da ordem pública e pelo serviço de vigilância, a GT não tinha poder de polícia.
Os que prestavam serviço de vigilância e manutenção da ordem armavam-se com fuzis e pistolas automáticas cedidas pelo Exército.
“Guardas territoriais adquiriam esse poder somente quando atuavam como delegados, subdelegados ou agentes a serviço da Secretaria Geral, que tinham como uma de suas atribuições dirigir os serviços de segurança pública, sendo o seu chefe”.
O regimento interno da Secretaria Geral, que controlava órgãos de polícia e de segurança pública, Delegacia Auxiliar (na Capital), Delegacias e Sub-Delegacias previa que a Polícia “manteria a mais estreita colaboração com a Guarda Territorial, que com ela cooperaria no sentido de manter a ordem e a tranquilidade pública, fornecendo-lhes os guardas”.
Somente em 1946 foi criada a Divisão de Segurança e Guarda, que absorveu da Secretaria Geral as atribuições de Segurança Pública.
“Os primeiros recrutados foram homens da própria região, e posteriormente, os que vinham de outras regiões em busca de trabalho, atraídos pelo ciclo da borracha”, lembra o major Glanert.
A GT foi extinta por decreto estadual em 9 de setembro de 1977 e o seu patrimônio transferido à PM. O excedente foi reaproveitado em outros órgãos administrativos.
Meninos e meninas da Escola de Música da PM
PM EM RONDÔNIA:
► A fila de espera para a Escola Música da PM é sempre superior a mil crianças e jovens.
► A PM tem as seguintes sedes regionais: 1º e 5º BPMs em Porto Velho; 2º BPM em Ji-Paraná; 3º BPM em Vilhena; 4º BPM em Cacoal; 6º BPM em Guajará-Mirim; 7º BPM em Ariquemes; e 8º BPM em Jaru.
► Há 15 anos a PM executa ação preventiva e estratégica com o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que formou mais de 230 mil alunos, com atuação de 70 instrutores em todo o estado.
► Desde 1993, o planejamento e a recuperação da saúde física e mental da PM e do bombeiro militar estão incorporados à Diretoria de Saúde. O hospital da Associação Tiradentes amparou a família militar. Em parceria com a Sepoad, fez funcionar o Grupo de Apoio a Alcoólicos Anônimos Sereno, que se reúne às terças-feiras, na Capela São José.
► A Copa Patrulha Escolar promovida pela PM mobiliza escolas do centro e da periferia. Ações e palestras incentivam as guardas mirins em Ariquemes, Buritis, Rolim de Moura e Vilhena.
Texto: Montezuma Cruz – Secom – Governo do Estado
Fotos: Admilson Knightz e Arquivo Sejucel
Jornalista Lenilson Guedes