Seis policiais atuam junto aos cães. Cada policial treina dois ou três cães, diariamente. Os animais passam por treinamentos distintos e variados que conferem mais agilidade e resolutividade nos trabalhos aos quais são direcionados. Entre as raças à disposição do 4º BPM, estão orotweiler, pastor alemão, pastor malenois, labrador e border collie. Enquanto as três primeiras raças são usadas para a guarda e operações de choque, as duas últimas são utilizadas para a busca de drogas e apresentações da PM.
O reforço dos cães confere mais agilidade ao trabalho dos policiais, que, por exemplo, conseguem localizar entorpecentes mais rapidamente. Contudo, conforme explicaram os policiais, diferente do que muitos pensam, os cães não são viciados em droga. “As pessoas acham que o cão encontra a droga porque é viciado, mas não é isso. Tudo é questão do treinamento que eles recebem. O treinamento começa quando a gente ensina o cão a encontrar um brinquedo.
Depois, vamos inserindo o odor neste brinquedo e depois disso a gente troca o brinquedo apenas pelo odor. E é aí que o cão começa a procurar os entorpecentes. Assim, quando o cão encontra a droga, a gente lhe dá o brinquedo, para recompensá-lo”, explicou o PM Sette, um dos policiais adestradores do canil da Polícia Militar de Cacoal.
Além de ajudar na busca e apreensão de entorpecentes e na guarda e proteção dos policiais militares e da comunidade, os cães também fazem apresentações de cunho social, a partir de demonstrações dos trabalhos desenvolvidos no canil. Com isso, um projeto que deverá ser implantado ainda este ano no 4º Batalhão da Polícia Militar de Cacoal é o “Cão Terapia”.
Neste projeto, os cães serão utilizados para interagir com pessoas em situações de vulnerabilidade, como crianças internadas nos hospitais de Cacoal e alunos do Centro de Reabilitação Neurológica Infantil (Cernic), além de outras instituições.
“Esse é um projeto desenvolvido em diversos lugares e que queremos trazer também para Cacoal. Queremos promover saúde e qualidade de vida para pessoas em situação de vulnerabilidade, por meio da intervenção assistida por animais. Uma alternativa que tem mostrado grandes resultados em todo o mundo”, explicou o comandante do 4º BPM, tenente-coronel Paulo Sityá.
Fonte
Texto: Giliane Perin – Fotos: Giliane Perin / PM Marques
Publicado por Lenilson Guedes