Mais de 120 pessoas, entre pais e alunos, receberam o certificado do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas, da Polícia Militar de Rondônia). Cem certificados foram entregues a alunos do Colégio Tiradentes da Polícia Militar, em Porto Velho que cursam o 5º ano no colégio. Outros 20 certificados foram entregues a pais de alunos na mesma noite do dia 3/12. Para os pais, o curso teve duração de cinco semanas. Já os alunos, foram semanas. O interessante de os pais participarem é que podem se tornar multiplicadores.
Segundo o tenente PM Antunes, coordenador estadual do Proerd, O curso que se encerra, iniciou em agosto do ano em curso e seguiu, rigorosamente, o calendário para que o término acontecer na data prevista. Marcado pela participação da Banda de Música da Polícia Militar, o evento contou com a presença de um publico interessado em ver de perto o ritual e a cerimônia dos formandos.
A tenente PM Michelly assumiu recentemente a direção administrativa do Colégio Tiradentes. Ela se disse preocupada com a juventude dos dias de hoje e que o Proerd, Programa da Polícia Militar, é de extrema importância para levar crianças e adolescentes a se afastarem das drogas. A oficial ressaltou, entretanto, que a presença dos pais é algo que não se pode abrir mão. Os pais, presente, na avaliação da tenente, é prioridade, porque, segundo ela, é dentro de casa, junto à família, que os jovens começam a receber as primeiras orientações de como funciona no mundo real.
“O Melhor projeto de um pai são seus filhos”, disse a tenente, ao frisar que, sem a atuação dos pais, um programa eficaz como este da PMRO não obteria tamanho sucesso, porque os pais precisam instruir seus filhos sobre o que é bom ou ruim para suas vidas, disse. A tenente Michelly defende com entusiasmo, o programa. O ano de 2016 tende a ser de novidades e comemorações. Muitas coisas já são planejadas desde já e no momento oportuno o tenente Antunes, que coordena o programa, deverá divulgar.
Recentemente os coordenadores do Proerd realizaram um seminário que tratou dentre outros assuntos, a revisão dos procedimentos pedagógicos; Possibilidade de Ampliação do Programa; Alinhamento dos procedimentos adotados. Celebraram também os 15 anos de atividades do Proerd completados no mês de agosto. O evento foi realizado em dois dias: 30 de setembro à noite, e no dia seguinte, primeiro de outubro, programação com início as 7h30 da manhã. Tanto no o primeiro quanto no segundo dia o seminário foi realizado no Teatro Banzeiros.
“Ao completar 15 anos de atividades, em 2015, podemos dizer que muitas vidas foram salvas. Pessoas que estavam se acabando por causa das drogas lícitas ou não, foram recuperadas”, ressalta o tenente PM Antunes. Ele afirma que 2015 foi considerado o ano das parcerias e 2016 o ano da expansão. Nesses 15 anos, O Proerd atendeu mais de 230 mil pessoas em todo o Estado. Somente em 2014 foram 12 mil. O Programa está presente em 32 dos 52 municípios de Rondônia, com 67 instrutores, o que é considerado ainda muito pouco, disse o cabo PM Lessa, na ocasião. O Proerd existe no Brasil desde 1993. Em Rondônia foi implantado no ano de 2000.
“Há casos dentro da própria Polícia Militar em que praças foram curados pela atuação de agentes do programa e que, agora são voluntários, multiplicadores do trabalho solidário”. A afirmação é do Secretário Adjunto de Segurança Pública, coronel PM Adilson Bandeira que participou de uma das formaturas do Proerd, esse ano. “Além de resgatar sua própria vida, depois de recuperados, eles passaram a resgatar a vida de outras pessoas que vivenciaram o mesmo problema”, declarou o secretário.
O Programa possui como material didático, o Livro do Estudante, o Livro dos Pais e o Manual do Instrutor, que auxilia aos respectivos alunos e Policiais Proerd no desenvolvimento das lições. Trata-se de uma ação conjunta entre as policiais militares, escolas e famílias, no sentido de prevenir o abuso de drogas e a violência entre estudantes, bem como ajudá-los a reconhecer as pressões e as influências diárias que contribuem ao uso de drogas e à prática de violência, desenvolvendo habilidades para resisti-las.
Para que uma escola participe é necessário que seja firmado um convênio com algumas exigências. No caso de escola pública, se for Municipal: convênio entre Prefeitura por intermédio da Secretaria de Educação. Se a Escola for Estadual: convênio entre Secretaria Estadual de Educação e Secretaria Estadual de Segurança Pública. Escolas particulares também podem desenvolver o programa por meio de um convênio entre a escola e Governo Estadual, também passando pela Secretaria de Segurança Pública.
REPORTAGEM: VALDIR ALVES
FOTOS/ARQUIVO: SOLDADO PM SIMPLÍCIO
