Polícia Militar de Rondônia

Caminhada contra o câncer infantojuvenil reúne centenas de pessoas em Porto Velho

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Centenas de pessoas participaram, ontem, da caminhada em solidariedade ao Dia Mundial de Combate Ao Câncer, comemorada nesta segunda (23). Denominado “Pessoas que Salvam”, o evento, este ano, adotou a cor laranja como símbolo e chama atenção para os índices de mortalidade de crianças e adolescentes vítimas do câncer. A caminhada teve início às 9h da manhã, partindo do hospital do Câncer. A concentração, entretanto, iniciou uma hora antes, em frente unidade do Hospital, em Porto Velho.

A caminhada ocorre sempre um domingo antes do Dia Mundial de Combate ao Câncer Infantojuvenil. Diferente de outras bandeiras de solidariedade, a caminhada de conscientização para o diagnóstico precoce do câncer infantil não adota uma cor única para todos os anos. Esse ano, a quarta edição da caminha adotou a cor laranja. Nos anos anteriores, a primeira edição em 2012, a cor foi branca; a segunda adotou a cor amarela, a terceira, em 2014, a cor simbólica foi o verde.


CAMINHADA.5.editAlém da organização, de responsabilidade da jornalista Karla Cabral, analista de captação de recursos para o hospital de Barretos,o evento contou com a participação de outras entidades voluntárias. O Comando Geral da Polícia Militar de Rondônia foi uma delas. O representante da corporação é o subtenente David, que colaborou com a venda das camisetas além de colaborar com a coordenação.

Quem participou do evento pagou 30 reais por um kit composto pela camiseta laranja, boné, cadarço e garrafa d’água. O recurso será destinado aos projetos da instituição.  “Além de participar de um evento bonito com as cores vivas do laranja marcante das vestes, o participante colaborou com crianças e adolescentes que se recuperam da doença”, disse o subtenente PM David, que representou a Polícia Militar como voluntário.

Hoje, o câncer infanto-juvenil é a primeira causa de mortes por doenças, entre um ano de idade e a fase da adolescência. “Precisamos ter um olhar atento”, observa a campanha. “Ao sinal de alguma anormalidade, leve a criança ao pediatra que encaminhará ao especialista se for o caso”. O hospital de combate ao Câncer Infantil de Barretos tem por missão garantir tratamento multiprofissional gratuito aos pacientes com câncer infanto-juvenil, de forma humanizada, individualizada apoiada em programas de assistência, ensino e pesquisa.

CAMINHADA.2CAMINHADA.6Segundo especialistas, os mais diferentes sinais podem se apresentar como sintoma do câncer: dor de cabeça pela manhã e vomito; caroço no pescoço, nas axilas e na virilha; ínguas que não se resolvem; dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades da criança; manchas roxas na pele, como hematomas ou manchas pequenas de cor vermelha.

O aumento do tamanho da barriga; o brilho em um ou dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash, também precisam ser observados como eventuais sintomas do câncer. Quando o diagnóstico é feito precocemente, as chances de cura são maiores. Estima-se que as taxas de cura variam de zero a 60% em países mais pobres, mas que poderiam chegar de 80% a 90% se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados, como acontece em alguns centros internacionais. A maioria dessas crianças terá vida normal após o tratamento adequado.

Inaugurado em 2012, o hospital do Câncer de Barretos, unidade de Porto Velho, tem como objetivo diminuir a ida de pacientes de CAMINHADA.7Rondônia para Barretos-São Paulo. O atendimento é totalmente gratuito. Entretanto, o hospital ainda não trata o câncer em crianças e adolescentes. Esses caso são encaminhados para o Hospital de Base e se for o caso encaminhado para Barretos, São Paulo, pelo menos até a inauguração do Hospital do Câncer da Amazônia com a primeira fase prevista para funcionar até o meio do ano de 2016, conforme esclarece Kátia Cabral. 


“Até o meio do ano que vem será inaugurada a primeira fase do Hospital do Câncer da Amazônia que passará atender parcialmente: recepção; ambulatório; quimioterapia; radiologia e administrativo; são alguns dos departamentos que permitirão que crianças possam ser atendidas em Porto Velho em aproximadamente seis meses”. A previsão é que daqui a três anos, o Hospital do Câncer da Amazônia seja inaugurado e vai atender não só Rondônia, como pessoas de toda a região norte, ressaltou Karla Cabral.

REPORTAGEM: VALDIR ALVES  
FOTOS: SARGENTO PM SÉRGIO

 

 

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