Polícia Militar de Rondônia

Rondonia sedia Audiência Pública sobre Ciclo Completo de Polícia

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O evento que foi presidido pelo deputado federal por Rondônia Marcos Rogério,(c) contou com a presença do deputado federal pastor Eurico, vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, dos deputados estaduais Léo Moraes e Jesuino Boabaid, Secretário adjunto da Sesdec, coronel PM Cesar Adilson Bandeira Pinheiro, do comandante geral da PM coronel Nilton Kisner, do diretor geral da Polícia Civil, delegado Pedro Mancebo.

O vice-governador de Rondônia Daniel Pereira disse que procurou os parlamentares federais para incluir Rondônia nos  debates sobre a Segurança Pública em todos seus níveis e esta análise sobre o Ciclo Completo de Polícia que já foi realizado em 10 estados brasileiros está incluso nas discussões. Para ele, o Estado deve contribuir com a proposta apresentada, sendo uma necessidade visando um futuro melhor para todos. “Espero que em que pese haver paixões corporativas, possamos fazer uma discussão de alto nível”.

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Não sendo especialista na área, conforme explicou, tem acompanhado a discussão, se aperfeiçoando e buscando leituras sobre o assunto. Daniel Pereira defendeu um novo modelo de fazer investimento na área de segurança pública “estamos literalmente jogando dinheiro fora da maneira como estamos trabalhando”, e isso sem abrir mãos de prerrogativas de competência, mas aproveitando a cada centavo que se despende a Segurança.

O deputado federal Marcos Rogério um dos idealizadores do projeto disse que o Ciclo completo está sendo debatido em várias capitais brasileiras buscando uma nova forma de fazer segurança no brasil. Temos tido um debate amplo que envolve a duas visões: os que defendem o Ciclo completo em que a PM faz desde a prevenção, a investigação e repressão à criminalidade, como uma Polícia que começa e termina seu trabalho policial.

Dentro desta proposta, de acordo com o deputado federal, estão envolvidas posições diferentes. São várias PECs; uma que trata do Ciclo completo, da unificação das polícias e outra que trata da definição e competência da Polícia Civil.

Este debate está envolvendo a sociedade, “mas o que queremos é que a população tenha uma segurança maior”. Com especialidade, a Polícia Judiciária continua a fazer seu trabalho, especialmente naqueles casos complexos que exige suas qualificações. O ciclo completo não exclui a Polícia Civil, assegurou.

Todavia é um debate amplo e estamos ouvindo as duas correntes. Vamos tirar uma posição. O parlamento não quis adiantar uma posição da Câmara Federal, porém tem uma certeza “a sociedade não aguenta mais é essa onda de violência”. Qual o caminho a percorrer, indagou ele.

O comandante geral da Polícia Militar de Rondônia coronel PM Nilton Kisner defendeu como principal objetivo deste projeto de Lei o de levar um trabalho mais eficiente no atendimento à sociedade. A Polícia Militar e Civil no estado de Rondônia na questão de segurança tem uma identidade diferenciada dos demais estados brasileiros, trabalham juntas.

Tanto a PM quanto a PC tem um papel de união e companheirismo. Trabalhamos sempre juntos, unidos; o delegado e o oficial ou praça trabalham em conjunto na promoção e construção do Estado. Vemos, disse, o que se discute não é a perda de autoridade e sim qual a forma de integração entre as polícias militares e civis para levar um melhor trabalho na segurança pública.

Será que a sociedade está contente com nosso atendimento. Aquele cidadão que teve violado o seu direito e ao procurar um agente do estado responsável pela sua segurança, ter que viajar mais de 300 km junto ao acusado, as duas testemunhas para registrar a ocorrência. Será que é essa a figura que o cidadão entende como eficaz será não podemos chegar a uma conclusão de levar uma melhor no atendimento ao cidadão.

Essa discussão não é de separação ou criar diferenças e sim de diálogo tendo como objetivo principal atender melhor a sociedade. “Discutir para dividir não é o melhor caminho, o melhor caminho é o diálogo e a união”. O ciclo completo não é um projeto pronto se assim fosse não estaríamos aqui para discuti-lo.

Há pouco tempo, oficiais e delegados trabalharam em uma motivação e mudança de atendimento trazendo bons frutos para a sociedade, como foi a qualificação em Polícia Comunitária. “é um momento para unirmos forças para fazermos um papel mais eficiente em beneficio da nossa sociedade”.

 “Ciclo completo é dá a mesma atribuição às duas polícias para fazer a mesma coisa”, foi o que disse o delegado de Polícia Civil Pedro Mancebo, Diretor Geral da Polícia Civil de Rondônia, ao ser questionado sobre o debate que aconteceu no auditório do Ministério Público do Estado na audiência Pública proposta pela Câmara Federal para discutir o assunto.  Para ele, cada um deve ser especialista naquilo que faz. A PM em seu dever constitucional de prevenção, e não levar pessoas presas para quartel para fazer procedimentos de polícia judiciária.

Segundo ele, a Polícia Civil é que tem a missão de investigação depois que acontece o crime. “A partir do momento em que derem os mesmos poderes as duas polícias, teremos ainda mais gastos com a Segurança Pública”. O Estado teria que investir na criação de cartório, construção de novas Unidades e outros. Porém Ele defende em longo prazo uma polícia única, desmilitarizada onde tenha “aí sim o ciclo completo desde a prevenção a investigação e conclusão do fato”.

Dentro da Polícia única conforme defende o delegado Pedro Mancebo, seriam dadas as oportunidades a cada habilidade e aptidão de seus integrantes. Uns seriam cartorários, outros no serviço de inteligência, outros nas missões operacionais, outros de trânsito e assim dentro da Polícia única serão dadas as oportunidades a quem tem aptidões desde a inteligência ao trabalho cartorário.

O coronel PM RR de São Paulo Elias Miler, defendeu o projeto de Polícia com ciclo completo. Segundo ele é uma prestação de serviço moderna ao cidadão que ocorre na América do sul, central, do norte, Europa. O Brasil é o único pais do mundo que uma Polícia atende o cidadão pela metade “leva a ocorrência para outra polícia, uma polícia que faz um serviço que não acaba e a outra que acaba o que não termina e o cidadão fica sem seu atendimento eficiente”.

No mundo interior as polícias atende o cidadão por completo e nós queremos modernizar o país, um cidadão que tenha que ser atendido tem que não é uma ideia corporativista e o cidadão deve ser atendido pelo policial. Quanto aos delegados eles estão resistindo por corporativismo em malefício da sociedade. Estamos abertos a debates, sem ataques. Por exemplo, em Brasília a Policia Civil atendeu a uma ocorrência que realizou a mais de um ano. Uma boa investida do Estado.

No Chile os carabineiros esclarecem os crimes em 98 por cento e no Brasil em oito por cento. Queremos o ciclo completo para todos, Polícia Federal, ferroviária, rodoviária federal, Guarda municipal, Polícia Militar, Civil queremos que atenda melhora a população.

Ele citou que os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina atendem com o Ciclo Completo ao menos nos termos circunstanciados.

Fotos Soldado PM Simplício

Jornalista Lenilson Guedes

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