Foi encerrado na manhã de hoje, 22, na sede do Batalhão de Operações Especiais– BOPE, em Porto Velho, o Curso de Ações Táticas Especiais – CATE, que tem como objetivo formar operadores para atender ocorrências de alta complexidade, capacitando-os para intervirem em ocorrências com reféns, rebeliões em estabelecimentos prisionais e em ocorrências com explosivos, habilitando-os também para comporem o efetivo do Batalhão de Operações Especiais/BOPE. Dos 37 inscritos, depois de 43 dias, concluíram o curso, 22 cateanos.
O curso teve duração de 4 dias, iniciando com 37 matriculados e chegando ao final com 22 alunos concludentes, dos quais: dois são da Polícia Militar do Amazonas, dois da Força Aérea Brasileira, um da Secretaria de Justiça de Rondônia e 17 da Polícia Militar de Rondônia. O curso teve como diretor o coronel PM PM Agleydson Rodrigues Cavalcante, e como Coordenador o capitão PM Jackson Robledo da Silva.
Nesse período foram ministradas instruções de Armamento, explosivos, entradas táticas, resgate de reféns, tiro tático, negociação, gerenciamento de crises e outras, tendo como primeiro colocado o soldado PM Antônio Ferreira Santiago Filho da PMRO.
O chefe do Estado Maior-Geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel PM Garibaldi, lembrou que no passado, os policiais militares que buscassem um aprimoramento mais específico teriam que arcar com as despesas dos cursos, e muitas vezes retirando recursos de suas economias, mas hoje, o governo do Estado investe em suas corporações. Além do aprimoramento das forças policiais, temos investimentos em tecnologia avançada, equipamentos pessoais e veículos.
A especialização em Ações Táticas Especiais é uma ferramenta importante para dissuadir criminosos de se envolverem em atividades de alto risco, sabendo que as forças policiais estão adequadamente preparadas para lidar com essas situações. Dessa forma, o curso contribuiu para promover a segurança pública, protegendo a sociedade contra ameaças significativas. A sociedade pode confiar que esses profissionais estão prontos para enfrentar situações complexas e garantir a segurança de todos os envolvidos.
O coronel PM Agleydson Cavalcante, Comandante de Policiamento Especializado da PMRO e Diretor do Estabelecimento de Ensino, agradeceu em elogio aos que empenharam na condução do I Curso de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar de Rondônia – I CATE PM 2023, de forma abnegada, com inteligência, criatividade e comprometimento, contribuindo sobremaneira para o resultado conquistado, ou seja, a formação com alto grau de aproveitamento de 22 profissionais de segurança.
“Essa equipe se dedicou inteiramente nas atividades formativas e merece o reconhecimento ora proposto, dada a excelência do curso”, disse o coronel PM Cavalcante, acrescentando que: Mesmo diante das dificuldades e adversidades, souberam superar os obstáculos, buscar meios contribuindo de forma ímpar e exemplar para a preparação de parte da tropa especializada no cumprimento do ofício de servir e proteger a sociedade, mesmo com o sacrifício da própria vida.
Depois de enumerar passo a passo desde o início até o final do CATE, o orador da turma sargento PM do Amazonas, Pedrosa, disse que: “o Curso é um deserto que você atravessa por vontade própria. Ao final, você encontra nada além do que a si próprio”. A saudade, o frio, a fome, a dor, não nos deram outra escolha, a não ser a de ser mais fortes e parabenizou aos primeiros “cateanos” da Polícia Militar de Rondônia, os precursores os primeiros “cateanos de sangue do Brasil”.
História
A história dos Operadores Táticos Especiais na Polícia Militar de Rondônia – PMRO se entrelaça com a trajetória do coronel PM RR Valdemir Carlos de Góes, também conhecido como “Caveira 10”. Quando ainda Tenente, se formou no Curso de Operações Policiais Especiais – COPE, na Polícia Militar de Pernambuco em 2002, destacando-se como um verdadeiro guerreiro e disseminador da Doutrina de Operações Especiais. Suas características de honra e destemor serviram de inspiração para muitos policiais à época e se perdura até hoje. Essa liderança inspiradora motivou policiais abnegados, que se voluntariaram para servir com honra e bravura na antiga Companhia de Operações Especiais – COE.
Texto: Lenilson Guedes
Fotos: cabo PM Edixon Herrera