Ação policial na quinta-feira
Na tarde da quinta-feira uma guarnição do PATAMO, deslocou-se ao distrito de Guaporé em função de inúmeras denúncias de pessoas que estariam invadindo a propriedade, com intuito de fazer desmate e extração ilegal de madeira sem autorização do órgão competente. O local também é alvo de invasão por grileiros, sendo a área reintegrada ao proprietário dias atrás.
Durante diligências no local, os militares encontraram várias explanadas com madeiras desdobradas em “lascas”, aparentando ser da essência Itaúba, devidamente cortadas, empilhadas e prontas para serem transportadas, bem como também foi localizado um trator com reboque que era utilizado para a extração e transporte das árvores derrubadas.
Não foram encontradas pessoas no local, que se evadiram com a aproximação da viatura. Assim constatado pela guarnição os crimes ambientais capitulados nos artigos 38, 39 e 46 parágrafo único da Lei Federal N° 9.605/98, além do próprio crime de Furto de Madeira.
Em face dos crimes e para o impedimento da continuidade deles, o trator foi conduzido ao quartel do 3º GP PO FRON no distrito do Guaporé, em que ficou sob custódia daqueles policiais em virtude dos policiais ambientais estarem em missão e só poderem ir ao local em data posterior, a fim de confeccionarem as medidas administrativas referentes a questões ambientais. A madeira mencionada ficou no local encontrado por não ter meio para realizar a apreensão e remoção.
Diante dos fatos os militares registraram a ocorrência Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) em Vilhena.
Ação policial na sexta-feira
Em continuidade à missão a guarnição PATAMO retornou ao local, juntamente com a equipe da Polícia Ambiental, para a tomada das devidas medidas referentes aos crimes ambientais.
As guarnições receberam a informação de que o suposto proprietário do trator apreendido e recolhido, residia no distrito. Diante disso, as guarnições efetuaram diligências e localizaram o senhor Jeferson R. S. em frente à residência.
No local, já foi observado o crime de manter animal silvestre em cativeiro (papagaio) e que sofria maus tratos, pois o animal estava em um ambiente confinado (gaiola pequena), sem água e alimento.
Os militares observaram por uma abertura da parede de madeira, que em um dos quartos havia uma arma de fogo (espingarda) encostada na parede.
O agente afirmou não possuir registro da referida arma, mas permitiu a entrada dos policiais na residência em que localizaram a espingarda municiada, calibre 20, cinco munições intactas do mesmo calibre, além de um cano e uma coronha de espingarda.
O conduzido confessou ser o proprietário do trator encontrado no dia anterior, mas negou o envolvimento na extração das madeiras, no entanto, os policiais obtiveram informações de que ele é conhecido pela prática do referido delito e que inclusive possui um caminhão tipo “Truck” para o transporte de madeira.
As guarnições foram até a mata, no local do depósito da madeira extraída, para que a equipe da Polícia Ambiental realizasse a medição. Posteriormente foi feito deslocamento até a Unisp de Vilhena para preenchimento dos autos pertinentes aos fatos.
Foi dada voz de prisão ao agente que foi conduzido à Unisp, junto das munições e arma apreendida.
O papagaio recolhido no local foi examinado pela veterinária Fabiane Tietz, que comprovou maus tratos. A Polícia Ambiental confeccionou auto de infração Ambiental e apreendeu o animal.
Foi confeccionado o auto de infração ambiental de aproximadamente 20 dúzias de “lascas” de madeira que haviam sido extraídas ilegalmente. As madeiras foram deixadas no local por falta de meios para efetuar a apreensão e recolhimento.
O trator apreendido permaneceu no Grupamento da Polícia Militar do distrito de Guaporé.
Texto e fotos: Assessoria do 3º BPM
Jornalista Sandra Belli