O Exército e a PM são as mesmas Forças tendo os mesmos ideais, mesmos princípios. Lutam pela vontade de termos uma nação soberana. O que diferencia é a cor da farda. Disse o general de brigada Leal. Durante as comemorações, todos os R/2 desfilaram recordando suas estadas no Exército Brasileiro, juntamente com os oficiais do NPOR. Participaram do congraçamento, os oficiais da reserva remunerada e que estão em forças militares, como PM e BM e os da ativa lotados nas diversas Unidades do EB na área da 17ª Brigada de Infantaria de Selva.
“É uma honra, um privilégio para mim e meus colegas de farda, termos passado por estes bons e belos ensinamentos quando estivemos na caserna, como oficial R/2”, disse o comandante geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel PM Ênedy Dias de Araújo, que serviu na arma de Intendência na 7ª região Militar.
Patrono
Natural de Porto Alegre (RS) e descendente de família de militares, o tenente-coronel Luiz de Araújo Correia Lima, idealizador dos Órgãos de Formação de Oficiais da Reserva, destacou-se no Colégio Militar de Porto Alegre, na Escola Militar do Realengo, onde veio a ser instrutor, e na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, pela sua inteligência e liderança.
Como estudioso das doutrinas pós 1ª Guerra Mundial, vislumbrou, perspicazmente, a importância da incorporação às reservas mobilizáveis de cidadãos com formação superior e conduta ilibada, o que motivou o Exército Brasileiro a criar, em 22 de abril de 1927, o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro (CPOR/RJ), Organização Militar pioneira na formação de Oficiais R/2, no formato do Reserve Officers Training Corps, dos Estados Unidos da América, sendo seu primeiro comandante o então Cap Correia Lima.
Ao longo do tempo, a ideia de criação de organização Militar formadora de oficiais R/2 evoluiu e firmou-se com a criação de diversos CPOR e de Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) por todo o território nacional, a fim de atender às especificidades das diversas armas, quadros e serviços.
A formação do Oficial R/2 advém de processo meticulosamente planejado para instruir e incutir nos alunos, em um curto período de tempo, valores morais e profissionais da vida castrense. Originalmente instituída com duração de três anos, a formação de oficiais R/2 foi reestruturada para dois anos em 1942, perdurando desta forma até 1966, quando foi novamente reestruturada e passou a ser realizada em um único ano de formação.
Devido a crescentes demandas na área administrativa, profissionais especializados por entidades civis de nível superior, voltados para diversas áreas de interesse da Força, têm sido incorporados ao Exército por meio do estágio de Serviço Técnico para formação do Oficial Técnico Temporário (OTT), à semelhança dos Oficiais R/2 médicos, farmacêuticos, dentistas, veterinários e enfermeiros, que também prestam fundamental apoio à saúde e ao bem estar dos militares e de suas famílias, inclusive em regiões inóspitas.
No atual processo de transformação pelo qual passa o Exército Brasileiro, impõe-se à Força Terrestre buscar, constantemente, a formação ideal e o melhor aproveitamento desses militares, nas complexas e desafiadoras missões que o Século XXI apresenta. Neste contexto, caberá ao Oficial R-2 papel relevante como integrante fundamental da Instituição, quer pelas atividades militares que desempenham, quer pelo papel de multiplicador dos valores cultuados na reserva, quando de sua saída da Força Terrestre.
Além de pertencer à reserva mobilizável, o oficial R/2 normalmente ocupa funções relevantes na sociedade brasileira de onde exerce o papel multiplicador dos valores castrenses e atua como líder na construção de uma sociedade melhor.
Nesta data tão importante, o Exército Brasileiro enaltece e agradece aos Oficiais R/2, de ontem, de hoje e de sempre, pela dedicação, lealdade e amor à Instituição e ao Brasil, concitando-os a trilhar o correto caminho do dever e a seguir os exemplos do seu Patrono, o Tenente-Coronel Correia Lima. Parabéns a todos os Oficiais R/2!.
Fonte capitão PM Suffi
Fotos Sargento PM Sérgio
Jornalista Lenilson Guedes