Polícia Militar de Rondônia

PM apreende armas, munições, motosserras e prende homens suspeitos de invasão de terras em Vilhena

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Armas e munições

Conforme a Polícia Militar, foi encontrado em um sítio próximo ao lote 75, Olavo Rodrigues Dias, portando uma espingarda calibre 36”, sem número e sem marca. Com ele os policiais militares encontraram três cartuchos calibre 36”, uma munição calibre 36”, duas munições calibre .40”, uma cartucho calibre .40” e nove espoletas para cartucho de metal.

Na busca de mais pessoas armadas, a PM encontrou e prendeu Arnaldo José de Meireles e Elenilton José Teodoro.  Dentro da casa de Arnaldo foram apreendidas uma espingarda calibre .40”, sem numeração e marca e uma espingarda calibre 32” pertencente a Elenilton, também não possuía numeração e marca. Na residência a PM apreendeu seis cartuchos calibre 32” e cinco munições calibre 38”.

Barracos

Segundo Arnaldo, ele estava na área realizando construção de barracos e limpeza ao redor do acampamento para assegurar a posse aos associados da Associação “Nova Canaã”, do MAP – Movimento Agrário Popular. Arnaldo assegurou que recebia R$ 400,00 por barraco construído e para isso se utilizava da madeira extraída no local.

No trabalho em que estava sendo realizado a PM encontrou em um sítio próximo o acusado Adeniri de Jesus Furtado, que estava com uma espingarda de pressão “broqueada” para calçar munição calibre .22” e com 20 munições calibre .22”. Ele entregou aos policiais militares, três motosserras: duas Stihl 381 e uma Husqvarna 268.

De acordo com o Adeniri de Jesus, uma motosserra pertencia a Arnaldo, uma a Elenilton e outra a ele.rudnei

Mais prisões e apreensões

Em outro sítio aonde se encontrava Luis Cláudio da Silva, a PM apreendeu uma espingarda calibre 28”, marca Boito, modelo Reuna, numeração 454398, monocano, cujo proprietário foi identificado como sendo o próprio Luis Cláudio da Silva. Também foram encontradas com ele quatro munições calibre 28”. Em outro sítio a PM prendeu  Braz Santa Ana, que estava portanto um espingarda calibre 24” de dois canos paralelos sem marca e modelo. Com ele foram apreendidas três munições calibre 24, três cartuchos calibre 24, um frasco contendo chumbo, um frasco de cor azul contendo pólvora e 26 espoletas para cartucho de metal.

Associação

A Polícia descobriu que os “grileiros” tem uma associação de nome “Nova Canaã” e como bandeira o MPA ­ Movimento Agrário Popular. Os suspeitos disseram ainda que o presidente da Associação se chama “Clarindo”, e cobra R$ 250,00 para cada pessoa se associar e mais uma mensalidade de R$ 20,00 por mês. Segundo informações colhidas “Clarindo”, é o responsável pela distribuição dos lotes, “dizendo que a terra é legalizada em nome da Associação”.

A PM após concluir o Estudo de Situação da área, conduziu os indivíduos até a Delegacia da Polícia Civil em Vilhena para serem apresentados ao Delegado de plantão.

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Nova Ordem

Em dezembro de 2016 foi emitida pelo poder Judiciário nova ordem de reintegração de posse. Três Mandados distintos. Os lotes 72, 73, 74, 75 e 85, cada um com 2.000 Ha, totalizando 10.000 Ha. Sob o comando do tenente PM Rudinei, juntamente com os aspirantes PM Fernandes, Eduardo e Andrade, policiais militares do GOE – Grupo de Operações Especiais e Força Tática do Batalhão, foi cumprida a determinação do judiciário, com o Estudo de Situação para posterior reintegração da área.

Cinco pessoas assassinadas

A Polícia Militar informou que no mês de outubro de 2015, o 3º BPM por ordem judicial fez reintegração de posse em três lotes da Fazenda Vilhena. Lotes 74, 75 e 85. Cada lote é de 2.000 HA. No dia, segundo a PM, os invasores tinham saído da área e acampados em um sitio vizinho. A área foi dada como reintegrada.

Dois ou três dias depois, por frustação, vingança ou bandidagem, alguns posseiros bandidos fizeram tocaias e mataram cinco pessoas (o caseiro da fazenda e mais quatro pessoas, entre eles roceiros que o fazendeiro tinha contratado para trabalhar na área), e queimaram toda a casa de uma das sedes dos lotes.

Os autores fugiram, e ainda não foram presos. Pouco tempo depois, os sem terras invadiram novamente a fazenda, com novos e antigos sem terras que já estavam anteriormente.

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Fonte e fotos tenente PM Rudinei

Jornalista Lenilson Guedes

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