Durante cerca de 5 horas de tentativas de negociações, os invasores permaneceram irredutíveis e decidiram não sair da área invadida, mesmo sabendo que havia uma ordem judicial para a reintegração de posse ao seu legítimo dono e uma ação de “Interdito Proibitório”, expedido pela 4ª Vara Cível, em Ji-Paraná, proibindo a permanência de pessoas naquelas terras.
Diante das várias tentativas de negociação amigável e pacífica, o grupo de aproximadamente 30 pessoas se tornaram cada vez mais hostis e começaram a investir contra os policiais militares, jogando pedras, rojões e até coquetéis “molotov”. Em seguida, começaram a incendiar as entradas do acampamento, colocando em risco a própria vida e a de várias crianças e mulheres que integravam o grupo.
Por volta das 15horas, policiais militares do Pelotão de Choque do 2º BPM e COE, interviram usando a força moderada para cumprir a ordem judicial lançando munição química não letal próximo ao grupo. Nesta ação, nenhuma arma letal foi usada e ninguém saiu ferido.
Todos os acampados foram conduzidos para a delegacia de Polícia, onde foram qualificados e encaminhados para a assistência social. Alguns, terminaram presos pelos crimes durante o cumprimento da ordem judicial.
Neste momento, Guarnições de Patrulhamento Rural patrulham toda a extensão da Linha e qualquer um dos invasores que for abordado a pelo menos 30 KM da fazenda, será preso em flagrante por desobediência à ordem judicial.
Tentativa em vão
Nestes seis meses de invasão, a Polícia Militar e Oficiais de Justiça tentaram uma negociação para a retirada pacífica, mas todos os meios foram esgotados sem êxito. Em algumas das tentativas de diálogos, invasores foram flagrados utilizando até arco e flecha para ameaçar a justiça.
Devido ao fogo iniciado pelos próprios sem-terra, as chamas se propagaram rápido e acabaram incendiando a grande maioria dos barracos existentes no acampamento. O Corpo de Bombeiros tentou apagar o incêndio com um caminhão “ATF”, porém o fogo estava alto demais. A Polícia ainda agiu rápido e conseguiu salvar 09 motos.
Prejuízos e danos à natureza
Depois que a Fazenda Santa Aline, localizada na Linha 206, no Km 35, na zona rural de Ji-Paraná, foi invadida por cerca de 250 famílias que se intitularam pertencer a LCP, vários crimes ambientais foram registrados dentro da reserva da fazenda. Durante os dias de invasão, várias casas, trator e motocicletas de funcionários foram queimadas, 15 bovinos foram mortos e deixados apodrecendo nos pastos e mais 25 animais tiveram que ser sacrificados. Além de destruir centenas de lascas para cerca e mais de 2 mil metros de cercas já prontas.
Prejuízo
Segundo o administrador do Grupo Amaralina, o prejuízo ultrapassa a casa dos 10 milhões de reais.
Entre os conduzidos a delegacia estão os invasores, Antônio Rodrigues de Lima, 53 anos, Denildo Alves da Silva, 38 anos, Jonas Franco Cardozo, 31 anos, Erisolanio de Souza Costa, 27anos, Romildo Barbosa Hipy, 30 anos e Idejaime da Silva Costa , 59 anos, José Leandro Valadares, idade não revelada, Késia Ramos De Souza, idade não revelada, Valmir de Jesus Santos, idade não revelada, Gleidison Roberto Da Conceição, idade não revelada. A lista deve aumentar.
Momento ecumênico, acima
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Fotos e fonte soldado PM Luiz
Jornalista Lenilson Guedes